Projeto ‘Ricas do Salgueiro’ promove desfile de moda em São Gonçalo
- charodri
- 10 de jul.
- 4 min de leitura
Mulheres integrantes do projeto desfilaram com roupas produzidas nos cursos de corte e costura ofertados no Complexo do Salgueiro, Colubandê e Centro

Professora do curso de costura Joselia Lima (E) ao lado da aluna Alonira Porto (D) na cerimônia de formatura no MMSG
Foto: ASCOM/NEACA TR
Organizado pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) com apoio do Ministério das Mulheres, o projeto “Ricas do Salgueiro” celebrou a formatura das alunas inscritas nos cursos de costura (corte/modelagem e criativa) com um desfile de moda, na tarde de terça-feira (8/7), no auditório da instituição, no Zé Garoto (SG).
Com muita pompa, charme e decoração, o evento organizado pela equipe do “Ricas do Salgueiro” contou com a participação de 25 mulheres, que atuaram como modelos e desfilaram com peças de roupas produzidas durante os cursos de corte e costura ofertados, gratuitamente, no Complexo do Salgueiro, Colubandê e Centro (SG).
O 'desfile social' contou com a presença: da Subsecretária de Desenvolvimento Econômico de São Gonçalo, Valéria Dias; da gestora e da diretora executiva do MMSG, respectivamente, Marisa Chaves e Oscarina Siqueira; da diretora responsável pela Oficina Creche de Vidas (Onde foi realizado o curso de Costura no Salgueiro), Eugênia de Souza; além de familiares e convidados.
Após a entrega dos certificados, o evento foi finalizado com um coquetel.
“Enquanto subsecretária de desenvolvimento econômico, passei a conhecer o MMSG e seus projetos, como o ‘Ricas do Salgueiro’, que trabalham a autonomia das mulheres. Também sou empresária do ramo da moda e sei da luta delas para empreenderem. Colocamos a nossa pasta à disposição para apoia-las”, ressaltou a subsecretária Valéria Dias.

Emanuelle Santos, Eliete Soares, Marisa Chaves, Luciana Vasconcellos,Tatiani Torres,Oscarina Siqueira e Victória Livramento
Foto: ASCOM/NEACA TR
Projeto iniciado em julho de 2024
Iniciado em julho de 2024, com vigência de 12 meses (1 ano), o Projeto Ricas do Salgueiro teve como meta a promoção da autonomia econômica e uma vida livre de violências para as mulheres residentes no Complexo do Salgueiro.
“Não tinha ideia de que esse projeto, de minha autoria técnica, ganharia tamanha dimensão e conseguiria atingir tantas mulheres. Isso só foi possível porque tivemos uma equipe brilhante. Agradecemos também ao trabalho inciado pelo projeto Vozes Periféricas. Podemos dizer que transformamos a vida de muitas mulheres em situação de vulnerabilidade social. Muitas delas, moradoras de territórios conflagrados e atingidas por inúmeras violências. Fico feliz em vê-las romperem o ciclo de violências, conquistarem autonomia econômica e lutarem pelos seus sonhos”, disse, emocionada, Marisa Chaves.
‘Atingimos mais de 250 mulheres em diversas ações sociais’
O Projeto “Ricas do Salgueiro” atingiu, direta e indiretamente, mais de 250 mulheres, destacando-se pela promoção de ações preventivas, socioeducativas e de formação continuada para geração de renda dentro do conceito de economia solidária. Além de corte e costura, foram ofertados cursos de trancistas, unhas, cerâmica e arte criativa.

Professora Marilena de Oliveira entrega o certificado de conclusão do curso de corte e costura à aluna Raphaela Miranda
Foto: ASCOM/NEACA TR
O Projeto “Ricas do Salgueiro” foi coordenado pela assistente social Victória do Livramento e contou com apoio técnico da psicóloga Tatiani Torres e da assistente social Luciana Vasconcellos.
“Nunca é só um curso. Todo curso ofertado pelo projeto foi uma superação. Estamos orgulhosos, pois atingimos as metas propostas. Conseguimos apoiar mulheres que superaram situações de violência doméstica e violações de direitos humanos em relação aos direitos de crianças e adolescentes. Elas romperam barreiras. Através do incentivo ao empreendedorismo, que é uma forma de economia solidária, conseguimos impactar cerca de 250 mulheres e ajudamos criar novas oportunidades”, ressalta Livramento.

Rosimar Cruz ficou feliz ao receber seu certificado de conclusão do curso de corte e costura no projeto Ricas do Salgueiro
Foto: ASCOM/NEACA TR
‘Vocês nos deram a oportunidade de construir um sonho’
“Entrei no curso pensando em ajudar a minha mãe. Mas, na verdade, quem precisava de ajuda era eu. Fui ficando e aprendendo. O curso abriu uma esperança de ter uma renda própria, de ter uma autonomia. Aprendi a gostar de costurar. Cada aula foi muito importante. Construímos uma família. Uma rede que jamais vai acabar. Vocês nos deram a oportunidade de construir um sonho”. (Raphaela Miranda, 37 anos)
'Percebi que estava dando aula para pessoas que queriam aprender'
“Dou aulas particulares, há muitos anos, e foi a primeira vez que atuo em uma comunidade. Achei ótimo. As meninas são excelentes. Percebi que estava dando aula para pessoas que queriam aprender e precisam trabalhar” (Marilena de Oliveira, 63 anos, professora)
'Gostei de ver o entusiasmo das minhas colegas'
Acabo de fazer o curso de costura criativa. Gostei muito de aprender, ver o entusiasmo e a participação das minhas colegas, que me ajudaram nos momentos de dificuldade. Incentivo a todas as mulheres a fazerem parte dos outros cursos. Venham sair de casa e aprender”. (Alonira Porto Rosa, 58 anos)
'Foi gratificante ensinar mulheres que realmente precisam trabalhar'
"Trabalho há 50 anos, como costureira, e há 16 como professora. Esse curso representou uma gratidão muito grande. Foi gratificante ensinar mulheres que realmente precisam trabalhar e terem renda. Pretendo montar uma cooperativa com essas mulheres”. ( Joselia Maria de Lima, 65 anos, professora).
Desde 1989, em defesa dos Direitos Humanos
O MMSG é entidade da sociedade civil, que atua sem fins lucrativos, fundada há 36 anos (1989), cuja missão é enfrentar todas as formas de preconceitos e discriminações de gênero, raça/etnia, orientação sexual, credo, classe social e aspectos geracionais. A instituição trabalha em defesa dos direitos de crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosas, em especial, àquelas que são vítimas de diversas formas de violências, seja no âmbito doméstico ou extrafamiliar, ou que estejam vivendo com HIV/AIDS.
Não se cale. Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei. Ligue 180 e denuncie!
Em caso de ajuda, o MMSG disponibiliza seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, no endereço abaixo:
MMSG (SG) - Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)




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