Projeto RECRIA realiza cerimônia de encerramento da 5ª edição do Jovem Aprendiz em São Gonçalo

Iniciativa do Movimento de Mulheres oferece formação e orientação profissional para jovens em situação de vulnerabilidade

Jovens formandos, facilitadores e equipe técnica durante cerimônia de certificação do Curso Jovem Aprendiz no MMSG

Foto: ASCOM/NEACA TR

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) realizou, na quinta-feira (13/11), no auditório da instituição, a cerimônia de encerramento da 5ª turma da capacitação “Jovem Aprendiz: Potencializando Habilidades e Competências para o Mundo do Trabalho”, desenvolvida pelo Projeto Recria.

O evento contou com a participação de aproximadamente 20 adolescentes, seus convidados, 16 facilitadores e as diretoras do MMSG. A música escolhida para a entrada dos formandos foi "Continuação de um Sonho", do rapper BK, e a aluna Esther da Silva Oliveira foi a representante da turma na fala de agradecimento.

"Agradecemos aos professores, toda equipe técnica do RECRIA e, principalmente, à gestora Marisa Chaves, pela oportunidade de darmos mais um passo em nossa trajetória de vida", disse a representante dos estudantes.

A capacitação faz parte de uma iniciativa que o Movimento de Mulheres vem desenvolvendo há cinco anos, com o objetivo de oferecer novas perspectivas de vida a adolescentes atendidos pela instituição — muitos deles em situação de vulnerabilidade ou vítimas de diferentes formas de violência.

A proposta surgiu da necessidade de ampliar o atendimento oferecido pelos projetos NEACA Tecendo Redes e Recria, indo além do acolhimento inicial e proporcionando ferramentas concretas para a inserção social e profissional dos jovens.

Gestora Marisa Chaves (ao microfone) discursou durante a cerimônia que lotou o auditório na sede do MMSG no Zé Garoto

Foto: ASCOM/NEACA TR

"É uma alegria enorme estar diante de tantos jovens cheios de sonhos'

A gestora e coordenadora do MMSG, Marisa Chaves, ressaltou a importância da instituição poder contribuir para formação ética dos jovens, respeitando a diversidade em um mundo tão desigual.

"É uma alegria enorme estar diante de tantos jovens cheios de sonhos, com idades entre 14 e 20 anos. Ver que nossa instituição contribui com formação ética, respeitando a diversidade em um mundo tão desigual. É emocionante! Agradeço aos jovens por persistirem e às famílias que acreditaram nesse caminho. Também agradeço à equipe técnica do Recria e aos voluntários que tornaram tudo possível. Graças a esse esforço coletivo, concluímos a quinta turma de jovens aprendizes. Essa fase é cheia de emoções e dúvidas, mas faz parte da construção da vida adulta", discursou Chaves.

Preparação comportamental e social para o mercado de trabalho

De acordo com a psicopedagoga e coordenadora técnica do Projeto Recria, Elisabeth Lourenço, o programa foi idealizado como uma capacitação — e não um curso técnico — voltado à preparação comportamental e social para o mercado de trabalho.

“A iniciativa busca ensinar desde a elaboração de currículos até a postura profissional e o comportamento após a contratação. Queremos que eles compreendam o valor de suas qualificações e aprendam a se apresentar com confiança e respeito”, destacou.

Aluna Sabrina ao lado da psicóloga e artista visual, Douglas Cortinovis, escolhida como uma das paraninfas da 5ª turma

Foto: ASCOM/NEACA TR

Capacitação em diversas temáticas

Durante a formação, os jovens participaram de módulos teóricos sobre informática básica, comunicação, oratória, redação, ética profissional e comportamento em entrevistas de emprego. Também tiveram acesso a conteúdos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a legislação que regulamenta o programa Jovem Aprendiz, garantindo a compreensão de seus direitos e deveres no ambiente de trabalho.

Um dos momentos marcantes da capacitação foi a culminância da parte teórica, com a aula “De escravizados a cidadãos: a história do trabalho e da justiça social para os trabalhadores no Brasil”.

"A atividade apresentou um panorama histórico sobre a evolução das relações de trabalho no país e refletiu sobre os desafios contemporâneos da juventude para conquistar autonomia, dignidade e oportunidades", explicou a pedagoga Vanessa Spalla.

'Além da inserção profissional'

A gestora Marisa Chaves ressaltou que o programa vai além da inserção profissional.

“O que buscamos é promover o desenvolvimento integral desses adolescentes — pessoal, social e educacional. Queremos que vejam o conhecimento como um instrumento de transformação de suas vidas e de suas comunidades”, reitera Marisa.

Marisa Chaves e a superintendente Viviane Carvalho falaram do trabalho transformador realizado pelos projetos do MMSG

Foto: ASCOM/NEACA TR

O projeto reforça o compromisso do Movimento de Mulheres em São Gonçalo com a formação cidadã e a inclusão social, estimulando a continuidade dos estudos e o ingresso no mercado de trabalho de forma ética, consciente e responsável.

"O movimento existe há 36 anos e eu estou aqui desde o início. Nosso compromisso é acolher todos os que sofrem preconceito, seja por identidade de gênero, orientação sexual, território, classe social, deficiência ou geracional. Lutamos por respeito e igualdade no mercado de trabalho, onde ainda existem práticas de assédio e intolerância. Com muito orgulho apresento o Movimento de Mulheres e convido todos a nos acompanharem", finaliza a gestora.

Representante do Estado elogia 'trabalho transformador'

A superintendente de Projetos Especiais da Casa Civil do RJ, Viviane Carvalho, destacou o trabalho transformador realizado pelo Projeto RECRIA organizado pelo MMSG.

"É um prazer participar mais uma vez dessa formação no Movimento de Mulheres. A quinta turma do projeto vai muito além de qualificação: representa conhecimento, autoconhecimento e porta de entrada para o mercado de trabalho. Estou muito feliz em acompanhar essa trajetória e desejo que todos possam sonhar alto e realizar seus objetivos. Agradeço à Marisa e toda a equipe por esse trabalho tão transformador", disse Carvalho.

Proteção, acolhimento às crianças e adolescentes vítimas de violências

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) é uma organização da sociedade civil que atua há 36 anos na defesa dos direitos das mulheres, no enfrentamento às desigualdades de gênero e na promoção da cidadania e da justiça social.

A instituição desenvolve diversos projetos voltados à proteção, acolhimento às crianças e adolescentes vítimas de violências,  com destaque para o Projeto NEACA Tecendo Redes, realizado em parceria com a Petrobras; o Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACA), que conta com apoio da Fundação para Infãncia e Adolescência (FIA) e RECRIA, projeto apoiado pela Subsecretaria de Política Inclusiva da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro.  

Em caso de ajuda ou informações, o MMSG disponibiliza os contatos dos projetos e, atende, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no endereço abaixo:

Recria - Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)

NEACA São Gonçalo: Rua Rodrigues Fonseca, 201 – Zé Garoto.  (21) 2606-5003 / (21) 98464-2179

NEACA Primeira Infância (SG): Rua Rodrigues Fonseca, 313 – Zé Garoto.  (21) 96750-1595

NEACA Itaboraí: Rua Antônio Pinto, 277 – Nova Cidade.  (21) 98900-4246

NEACA Caxias: Rua General Venâncio Flores, 518 – Jardim 25 de Agosto.  (21) 96750-3095

NACA (SG): Rua Rodrigues Fonseca, 215, Zé Garoto (21 2606-5003 | 21 989004217)

NACA (Niterói): Av. Ernani do Amaral Peixoto, 116 - sala 401 - Centro, Niterói (21 965211716)

- NACA (SG): (21 2606-5003 | 21 989004217)

Rua Rodrigues Fonseca, 215, Zé Garoto

- NACA (Niterói): (21 965211716)

Av. Ernani do Amaral Peixoto, 116 - sala 401 - Centro, Niterói