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Observatório das Periferias de SG apresenta balanço de três anos e define agenda para 2026

  • charodri
  • há 3 horas
  • 3 min de leitura

Encontro reúne especialistas, lideranças comunitárias e instituições para fortalecer políticas públicas em São Gonçalo


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III Seminário do Observatório das Periferias no auditório do IFRJ reuniu representantes de diferentes instituições em Neves

Foto: ASCOM/MMSG


O Movimento de Mulheres em São Gonçalo marcou presença no III Seminário do Observatório das Periferias, que reuniu, na última quarta-feira (26/11), no auditório do Instituto Federal Fluminense (IFRJ), em Neves, representantes da sociedade civil, instituições acadêmicas e profissionais de diferentes áreas para apresentar um balanço das ações desenvolvidas nos últimos três anos e construir o plano de trabalho para 2026.


Durante o seminário, o grupo destacou avanços importantes, como a construção da cartografia social das entidades do terceiro setor nos territórios do Complexo do Salgueiro e do Jardim Catarina, realizada em 2025, além da qualificação dos dados coletados ao longo do período.


Apesar dos progressos, o Observatório das Periferias, que conta, atualmente, com 7 instituições em sua formação, reforçou a necessidade de fortalecer ainda mais as organizações atuantes nas periferias, visando ampliar o diálogo com o poder público e conquistar apoio institucional e financeiro para novas iniciativas.


O debate evidenciou que os territórios periféricos seguem enfrentando abandono estatal, ausência de políticas públicas e limitações severas de circulação, impactando diretamente autonomia, saúde, renda, educação e vida comunitária.


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Gestora do MMSG Marisa Chaves (microfone) ressaltou a importância de investimentos sociais nas regiões periféricas (SG) Foto: ASCOM/MMSG


'A periferia não é sinônimo de violência'


A gestora e coordenadora do MMSG, Marisa Chaves, ressaltou aspectos da seguança pública e a ausência de investimentos sociais na maioria das regiões periféricas de São Gonçalo.


“A periferia não é sinônimo de violência, e sim de exclusão de direitos e ausência do Estado. Não basta retirar barricadas se não houver investimento em educação, cultura, economia solidária e políticas que fortaleçam o protagonismo feminino”, afirmou Chaves.

Marisa ressaltou ainda que grande parte das mulheres desses territórios depende de auxílios sociais como o Bolsa Família, permanecendo em situação de vulnerabilidade e restritas à sobrevivência imediata, sem acesso a oportunidades, escolarização e autonomia financeira.


O seminário contou com a participação de representantes da Fiocruz, como o professor Richarlls Martins; da UFRJ, como o professor Pedro Cunca Bocayuva; do engenheiro cartógrafo Paulo Santos, da Coordenação de Saúde da População Negra da Secretaria Municipal de Saúde; da  superintendente de Projetos Especiais da Casa Civil do RJ, Viviane Carvalho; e de diversas entidades comunitárias.


'Produção de dados qualificados'


O engenheiro cartógrafo Paulo Santos destacou a importância da produção de dados qualificados:

 

“Hoje o território tem informações consistentes para dialogar com o poder público. Agora é fundamental transformar esses insumos em pressão organizada e reivindicações concretas”, ressaltou Santos.

Para o professor Richarlls Martins (Fiocruz), ampliar a comunicação pública será crucial para fortalecer o debate e conquistar apoio governamental e institucional.


"Além do diálogo com os governos para obter recursos públicos, podemos usar os dados obtidos pelo observatório para fechar parcerias com áreas da educação, por exemplo, e usar as estruturas dessas instituições para fomentar ações nas periferias", reiterou Richarlls.


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Tahis Passos (OPSG), Rita Rissi (IFRJ), Eugênia (OPSG) e Viviane Carvalho (Estado) compuseram uma das mesas do evento

Foto: ASCOM/MMSG


A pesquisadora Tahis Passos, representante da instituição Amigos do Serpa e membro da Comissão Executiva do Observatório, reforçou que políticas públicas padronizadas nem sempre respondem às realidades locais:

 

“Antes de falar em cidadania, precisamos falar em direitos humanos básicos — como acesso à água e o direito de ir e vir. Muitas pessoas ainda não têm sequer o direito de ter direito”, ponderou Passos.

Já o professor Pedro Cunca Bocayuva (UFRJ) enfatizou a relação entre organização territorial e fortalecimento da economia solidária.

"Não é possível ter uma economia solidária sem organização dos territórios. Quando temos cenários de guerra, os govermos usam armas como suposta estratégia de organização. Portanto, precisamos repensar as dinâmicas das economias dentro das áreas periféricas", explicou Cunca.

Ao final do encontro, o grupo reafirmou seu compromisso com a produção e democratização de dados, fortalecimento da participação social e reivindicação de políticas públicas que garantam vida digna às populações periféricas.

 


 
 
 
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