MMSG repudia os ataques misóginos à ministra Marina Silva em Brasília

Movimento de Mulheres em São Gonçalo reforça o combate ao preconceito, ódio e a violência de gênero

A gestora do MMSG, Marisa Chaves, reforçou a luta das mulheres por um Brasil igualitário, e livre do ódio e da misoginia

Foto: ASCOM/NEACA TR

Há 36 anos na luta pelos direitos das mulheres, o Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) repudia as agressões e ataques misóginos dirigidos à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, durante audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado, na última terça-feira (27), sobre a criação de unidades de conservação no Amapá, na região da bacia do Rio Amazonas.

Acreditamos que os debates políticos devem ser desenvolvidos com respeito e seriedade institucional. Portanto, os ataques, interrupção de falas e desligamento do microfone da ministra demonstram desrespeito e ódio, que fornecem um espetáculo ofensivo e misógino à população, além de não contribuírem para o debate nacional.

A trajetória da Ministra Marina Silva é um símbolo de resistência, coragem e dedicação à justiça social e ambiental. Nascida em uma família humilde no Acre, superou inúmeras barreiras, muitas delas impostas pelo machismo estrutural/Patriarcado, para se tornar uma das vozes mais importantes do Brasil na defesa do meio ambiente e dos direitos humanos.

Segundo Marina, a defesa da Terra e a luta feminista estão profundamente conectadas. A degradação ambiental afeta principalmente as mulheres, sobretudo as mais vulneráveis, que sofrem com a escassez de recursos, as mudanças climáticas e a violência territorial. Suas políticas públicas reforçam o compromisso com um futuro justo e sustentável, onde as mulheres não só sobrevivam, mas prosperem.

Marina Silva e todas as parlamentares no Congresso representam a força das mulheres que desafiam estereótipos e ocupam espaços de poder historicamente negados a elas. Em um cenário político ainda marcado pela misoginia, sua presença no Ministério do Meio Ambiente é um ato de resistência e inspiração para todas as mulheres, especialmente as negras, indígenas e periféricas, que diariamente enfrentam opressões similares.

O MMSG manifesta total apoio à Ministra Marina Silva e segue ao lado de  todas as mulheres, independente de ideologias políticas ou partidárias, no combate ao ódio, à desinformação e ao preconceito, em defesa de um Brasil mais igualitário, verde e livre de misoginia.

Marisa Chaves, gestora e coordenadora do MMSG

Desde 1989, em defesa dos Direitos Humanos 

O MMSG é entidade da sociedade civil, que atua sem fins lucrativos, fundada há 36 anos (1989), cuja missão é enfrentar todas as formas de preconceitos e discriminações de gênero, raça/etnia, orientação sexual, credo, classe social e aspectos geracionais. A instituição trabalha em defesa dos direitos de crianças, adolescentes, jovens, mulheres e idosas, em especial, àquelas que são vítimas de diversas formas de violências, seja no âmbito doméstico ou extrafamiliar, ou que estejam vivendo com HIV/AIDS.

Não se cale. Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei. Ligue 180 e denuncie!

Em caso de ajuda, o MMSG disponibiliza seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, no endereço abaixo:    

MMSG (SG) - Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)