MMSG promove atividade recreativa com foco no “Direito de Brincar”

Ação dos projetos RECRIA e NACA integra crianças e famílias em um dia de aprendizado, afeto e valorização do brincar como direito fundamental da infância

Têcnicos do NACA e RECRIA promoveram atividades recreativas, brincadeiras e dinâmicas durante evento no Zé Garoto SG

Foto: ASCOM/MMSG

Organizados pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), os projetos RECRIA e Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACA/SG) promoveram, na última quinta-feira (30/10), uma atividade recreativa voltada para crianças, pais e responsáveis, na sede do NACA, localizada no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo.

Em celebração ao Mês das Crianças, a ação teve como tema central o “Direito de Brincar”, promovendo momentos de convivência e integração familiar por meio de atividades lúdicas e pedagógicas.

Em atividades simultâneas, equipes técnicas dos dois projetos conduziram oficinas de massinha e confecção de brinquedos com materiais recicláveis, além de contação de histórias, brincadeiras, rodas de conversa e dinâmicas em grupo, incentivando a criatividade, o trabalho coletivo e o fortalecimento dos vínculos afetivos.

Durante o evento foi servido um lanche festivo, com cachorro-quente, pipoca, sorvete, refrigerante, bolo e doces, além da distribuição de brinquedos adquiridos por meio de doações feitas pelos próprios funcionários dos projetos.

Pedagoga Vanessa Spalla (RECRIA) reforçou a importância do direito de brincar e o desenvolvimento integral das crianças

Foto: ASCOM/MMSG

Brincar é um direito das crianças e precisa da participação dos pais

A coordenadora do NACA/SG, Lívia Gaspary, ressaltou a importância da atividade como forma de conscientizar pais e responsáveis sobre o significado do brincar no desenvolvimento das crianças.

“Atualmente, os pais e responsáveis estão tão envolvidos com as responsabilidades e afazeres do cotidiano que, muitas vezes, não têm tempo para brincar com as crianças. Essa atividade é, para além de reconhecer o direito ao brincar, uma oportunidade de conscientizar as famílias sobre a importância da participação e integração nas brincadeiras como forma de contribuir para o desenvolvimento infantil”, destacou Gaspary.

"A proposta de unir crianças e responsáveis também é pedagógica"

Para a psicopedagoga Elisabeth Lourenço, coordenadora técnica do Projeto RECRIA, a ação teve uma forte dimensão pedagógica ao promover a integração entre crianças e seus responsáveis.

“A proposta de unir crianças e familiares também é pedagógica. As atividades estimularam a participação de toda a família, por meio da criatividade e das brincadeiras, desenvolvendo habilidades importantes para o crescimento das crianças”, ressaltou Lourenço.

Crianças participaram de diversas brincadeiras e oficinas durante as atividades desenvolvidas pelas equipes dos projetos Foto: ASCOM/MMSG

"Sair das telas e ressignificar a infância"

O educador social Lucas Lima (RECRIA) destacou que, mesmo em tempos de forte presença das tecnologias, é essencial resgatar o brincar como instrumento de aprendizado e vínculo.

“O brincar vem perdendo espaço, principalmente pelo uso excessivo das telas. A proposta foi mostrar que as atividades lúdicas e as brincadeiras simples são formas de ressignificar a infância. Também buscamos incentivar os pais a resgatar lembranças da própria infância para fortalecer vínculos saudáveis com seus filhos”, pontuou Lima.

Aprendizado e desenvolvimento cognitivo das crianças

A pedagoga Vanessa Spalla (RECRIA) reforçou a importância do desenvolvimento integral das crianças, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.

“Um dos focos da atividade foi destacar o significado do desenvolvimento integral das crianças no processo de aprendizado — principalmente quando falamos de vítimas de violência. O físico, o cognitivo e o afetivo fazem parte de um conjunto de fatores essenciais nesse processo”, explicou Spalla.

Pais e responsáveis participaram de rodas de conversas, dinâmicas e oficinas de brinquedos com materiais recicláveis

Foto: ASCOM/MMSG

Brincar ajuda na construção do ser humano

Uma das organizadoras da roda de conversa com pais e responsáveis, a psicóloga Letícia Rodrigues (NACA/SG) enfatizou o papel do brincar na formação emocional e social das pessoas.

“A roda de conversa com os pais teve como objetivo resgatar a infância. Utilizamos brinquedos e dinâmicas que remetessem a esse tempo e destacamos como o brincar é fundamental para o desenvolvimento físico e emocional. Brincar ajuda na construção do ser humano”, afirmou Rodrigues.

De acordo com a psicóloga Carmen Lúcia Cardoso, a proposta pedagógica da atividade buscou valorizar o ato de brincar como um direito fundamental da infância, contribuindo para o desenvolvimento integral das crianças e para o fortalecimento dos laços familiares.

“O brincar é uma forma de expressão, aprendizagem e cuidado. Quando a família participa, fortalecemos vínculos e construímos um ambiente de afeto e proteção”, reforçou a psicóloga.

Projetos voltados à proteção, acolhimento às crianças e adolescentes vítimas de violências

O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) é uma organização da sociedade civil que atua há 36 anos na defesa dos direitos das mulheres, no enfrentamento às desigualdades de gênero e na promoção da cidadania e da justiça social.

A instituição desenvolve diversos projetos voltados à proteção, acolhimento às crianças e adolescentes vítimas de violências, com destaque para o Projeto NEACA Tecendo Redes, realizado em parceria com a Petrobras; NACA, que conta com apoio da Fundação para Infãncia e Adolescência (FIA) e RECRIA, projeto apoiado pela Subsecretaria de Política Inclusiva da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Em caso de ajuda ou informações, o MMSG disponibiliza os contatos dos projetos e, atende, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, no endereço abaixo:

Recria - Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)

NACA São Gonçalo: Rua Rodrigues da Fonseca, 215, Zé Garoto, São Gonçalo.

NACA Niterói: Av. Amaral Peixoto, 116, 4º andar, Centro, Niterói.