MMSG parabeniza as mulheres e meninas cientistas em todo mundo
- charodri
- 11 de fev.
- 4 min de leitura
Instituído pela ONU, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência visa dar visibilidade ao potencial criativo e à igualdade de gênero

Mulheres e meninas da ciência são lembradas pela dedicação, luta pela igualdade de gênero e acesso às pesquisas
Foto: Divilgação
Nesta terça-feira (11/02) comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, visando conscientizar a sociedade de que a ciência e a igualdade de gênero precisam andar lado a lado.
Há 35 anos na luta pelos direitos humanos e recebendo mulheres e meninas cientistas em seus diversos projetos, o Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) apoia a iniciativa como forma de dar visibilidade ao potencial criativo e à importância da igualdade de gênero na área das pesquisas científicas.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a igualdade de gênero é uma prioridade, pois, sobretudo no Brasil, em uma sociedade predominantemente machista, o apoio a jovens meninas ajuda na formação e incentivo às habilidades plenas. O estudo revela também que essas ações permitem que as jovens sejam ouvidas e, assim, possam impulsionar o desenvolvimento e a paz.
‘É importante a existência de políticas afirmativas que promovam o acesso das mulheres e da juventude negra à ciência’
Professora, especialista em Políticas Públicas e Mestre em Serviço Social pela UFRJ, a gestora e coordenadora de projetos do MMSG, Marisa Chaves, reitera a importância do ingresso das mulheres nas pesquisas científicas e os investimentos em políticas afirmativas.
“É importante a existência de políticas afirmativas que promovam o acesso das mulheres e da juventude negra, sejam meninas ou meninos, no campo científico. Precisamos dar visibilidade aos talentos para mostrar que esse recorte da população brasileira tem pessoas com muita capacidade, que se destacam na ciência, escrevem e publicam. E que eles continuem descobrindo invenções que possam ajudar e venham a reduzir as desigualdades sociais no Brasil”, explica Chaves.

A assistente social Yasmin GImenes questiona a falta de oportunidades e acesso à ciência para mulheres indígenas
Foto: ASCOM/NEACA TR
‘A mulher indígena ainda é negligenciada no acesso à ciência”
A assistente social Yasmin Gimenes (NEACA/SG), que desenvolve pesquisa acadêmica sobre a invisibilidade da mulher indígena e seus dilemas em territórios urbanos, reivindica, sob o recorte étnico-racial, mais oportunidades de acesso às pesquisas para mulheres indígenas e oriundas de territórios periféricos.
“Enquanto mulher indígena, preciso destacar a importância de ocuparmos cada vez mais os espaços acadêmicos. Sobretudo, sob a ótica de recorte étnico-racial, ao percebemos que, concomitante às questões de gênero, mulheres indígenas e/ou de territórios periféricos ainda são preteridas pelas mulheres brancas”, argumenta a assistente social, que conseguiu ingressar em uma universidade pública.
‘A atuação profissional no MMSG me ajudou na pesquisa acadêmica’
Integrante do Projeto Recria, a psicóloga Ana Clara Soares ressaltou a importância do aumento da oferta no acesso das mulheres às pesquisas científicas.
“Quando pensamos sobre as mulheres na ciência não podemos desconectar a questão de gênero. Historicamente, somos sempre empurradas às áreas sociais, pelas características do ‘cuidado’. Enquanto isso, percebemos a predominância dos homens em áreas de exatas e tecnologias. Eu ingressei numa pós-graduação em políticas sociais e intersetorialidade, com ênfase na infância e na adolescência. Meu tema foi a violência de gênero contra esse público. Fui privilegiada, pois a minha atuação profissional no MMSG me ajudou na pesquisa acadêmica”, relata a psicóloga.
Mulheres representam apenas 33% da média global de pesquisadores
Conforme dados da UNESCO, a porcentagem média global de pesquisadoras é de 33,3%. Apenas 35% de todos os estudantes das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática são mulheres. Os números demonstram como ainda persistem barreiras e baixa representatividade para as mulheres e meninas, sobretudo em áreas consideradas predominantemente masculinas.
Projetos do MMSG têm parcerias com universidades, governamentais e apoio de empresas
O MMSG faz parcerias com diversas universidades (públicas e privadas), entre às quais a Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e costuma dar oportunidade às estudantes e jovens cientistas em seus diversos projetos em andamento.
Além do meio acadêmico, a instituição conta com apoios governamentais, como o Ministério da Mulher, as prefeituras de São Gonçalo e Niterói, além da Fundação para Infância e Adolescência (FIA), que subsidia o Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACA).
O MMSG também conta com a parceria da Petrobras, que, desde 2024, apoia as ações do Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência Doméstica e/ou Sexual (NEACA). O projeto atende crianças, adolescentes e jovens até 29 anos, em SG, Itaboraí e Duque de Caxias.
Em caso de ajuda, os núcleos disponibilizam seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, nos endereços e telefones abaixo:
NEACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)
NEACA Primeira Infância (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)
NEACA (Itaboraí)- Rua Antônio Pinto, 277, Nova Cidade. (21 98900-4246).
NEACA (CAXIAS) – Rua General Venâncio Flores, 518, Jardim 25 de Agosto. (21 96750-3095).
NACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 215, Zé Garoto. (2606-5003/989004217)
NACA (Niterói)- Av. Ernani do Amaral Peixoto, 116 - sala 401 - Centro, Niterói. (2719-8862 / 965211716)
RECRIA - Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)
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