21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher
- charodri
- há 3 dias
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No Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, o MMSG e Projeto NEACA Tecendo Redes reafirmam apoio na proteção, autonomia e garantia plena dos direitos

Kátia Regina Siqueira, vice-diretora sociocultural do MMSG, apoia a luta por dignidade, igualdade e direitos das mulheres
Arte: ASCOM/NEACA TR
O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) e o Projeto Neaca Tecendo Redes, em parceria com a Petrobras e por meio do Programa Petrobras Socioambiental, iniciou neste mês a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência e do Racismo contra as Mulheres”, mobilização que busca fortalecer a luta pelos direitos humanos das mulheres e enfrentar todas as formas de violências — físicas, psicológicas, institucionais, raciais, simbólicas e estruturais.
A ação contempla atividades formativas, rodas de conversa, mobilizações territoriais, produção de conteúdos educativos e ações de visibilidade social, envolvendo mulheres, jovens, lideranças comunitárias, instituições parceiras e a sociedade em geral.
“O objetivo é estimular a reflexão coletiva e incentivar a construção de ambientes mais justos, seguros e acolhedores para todas, especialmente para mulheres negras, que historicamente enfrentam os maiores índices de violência e desigualdade no país”, ressalta a gestora e coordenadora do MMSG, Marisa Chaves.
Origem da Campanha
A campanha 21 Dias de Ativismo é uma mobilização internacional iniciada em 1991 pelo Center for Women’s Global Leadership (CWGL) e adotada por mais de 160 países. Sua agenda se baseia em datas simbólicas de resistência e direitos das mulheres. No Brasil, o calendário foi ampliado para 21 dias considerando as especificidades do contexto nacional, incorporando marcos importantes da luta antirracista e feminista.
A campanha frequentemente utiliza a cor laranja e, no Brasil, a história das irmãs Mirabal, conhecidas como "as mariposas" e assassinadas na República Dominicana em 1960, é um marco simbólico, tendo a data de sua morte (25 de novembro) sido escolhida pela ONU como o dia internacional para a eliminação da violência contra a mulher.
A campanha inicia em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, lembrando que a violência contra as mulheres tem cor e rosto. Mulheres negras são as maiores vítimas de feminicídio, violência doméstica, desigualdade salarial e violências institucionais — um reflexo direto do racismo estrutural brasileiro.
Neste 25 de novembro, o MMSG apoia o Dia Internacional de Não Violência Contra a Mulher. As mobilizações seguem até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, reforçando que a luta contra a violência e o racismo é também uma luta por dignidade, cidadania, igualdade e garantia plena de direitos.
Compromisso com a Transformação Social
Ao longo dos 21 dias, a campanha busca fortalecer a mensagem de que nenhuma forma de violência pode ser naturalizada ou silenciada. Para o MMSG, a construção de uma sociedade livre da violência e do racismo exige políticas públicas, educação social, acolhimento, redes de proteção e participação ativa da população.
“Com o apoio da Petrobras e a atuação contínua nos territórios, a campanha reafirma o compromisso coletivo de fortalecer o protagonismo das mulheres, ampliar o debate sobre equidade e promover ações que contribuam para o enfrentamento das desigualdades de gênero e raça”, reitera Marisa Chaves.




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