Movimento de Mulheres em São Gonçalo parabeniza a atriz Fernanda Torres pela vitória do Globo de Ouro, na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama, por sua atuação em ‘Ainda Estou Aqui’. O filme contou a comovente história de Eunice Paiva, mulher e mãe de cinco filhos, que teve o marido morto durante a ditadura militar
Fernanda Torres, com a estatueta do Globo de Ouro, conquistou com seu talento um marco inédito e histórico para o Brasil
Foto: Matt Winkelmeyer/WireImage
O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) celebra a vitória emocionante da mulher, mãe e atriz brasileira Fernanda Torres ao prêmio Globo de Ouro, anunciado no último domingo (05/01), em Los Angeles, nos Estados Unidos (EUA). Considerada pelos críticos, como uma das maiores honrarias de um artista no Cinema Mundial, a premiação credencia a atriz à corrida por uma indicação ao Oscar.
Fernanda conquistou, com o seu talento, um marco inédito e histórico para o Brasil. Na vitória como ‘Melhor Atriz em Filme de Drama’, por sua atuação em ‘Ainda Estou Aqui’, do diretor Walter Salles, Fernanda tornando-se a primeira brasileira a conquistar a estatueta.
A conquista de Fernanda Torres reafirma a relevância do cinema nacional no cenário global. A última vitória do Brasil na premiação havia sido em 1999, quando Central do Brasil, estrelado por Fernanda Montenegro (Mãe de Fernanda Torres), venceu como Melhor Filme em Língua Estrangeira.
'Interpretação deu humanidade à personagem e mostrou a realidade de forma singela'
Para a coordenadora geral de projetos e gestora do MMSG, Marisa Chaves, a interpretação da Fernanda Torres deu um significado de humanidade à personagem Eunice Paiva que mostrou a verdade, de forma sigela, a partir do olhar de uma mulher, mãe de cinco filhos, que, de repente, passou a ficar sozinha, tendo que protegê-los e educá-los.
" A interpretação da Fernanda Torres mostrou todo o sofrimento de uma família que foi perseguida, teve as liberdades individuais, coletivas e políticas cerceadas, suspensas. A Eunice levou muitos anos em busca de justiça até obter o direito ao atestado de óbito do marido, que foi morto pelos militares. O filme retrata com muita humanidade quais são as consequências e os agravos psicológicos de se viver em um contexto ditatorial, onde não podemos ser aquilo que desejamos ser, não podemos ter liberdade de estar com nossa família. É um contexto sombrio onde o Estado, através das forças militares, passa a controlar todas as nossas vidas, toda a nossa existência", explica Marisa.
Filme baseado em fatos reais
O longa-metragem ‘Ainda Estou Aqui’ é baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva e relata a comovente história de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.
O filme retrata a luta de Eunice, mãe de cinco filhos, durante a ditadura militar no Brasil, após o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, e destaca sua transformação em uma defensora dos direitos humanos.
Tributo à coragem e resiliência das mulheres
O Há 35 anos lutando por Direitos Humanos, o MMSG reconhece a obra como um tributo à coragem e resiliência das mulheres que resistiram às adversidades desse período sombrio da história brasileira.
"Parabéns à atriz Fernanda Torres, que, com o seu talento, representou de forma explêndida a cultura brasileira e, em cena, mostrou a força, coragem e resiliência de uma mulher como Eunice Paiva, que lutou bravemente para conseguir o atestado de óbito do seu marido, morto pelos militares. Eunice resistiu a todas adversidades, foi uma defensora dos direitos humanos e merece todos os tributos", disse a diretora executiva do MMSG, Oscarina Siqueira.
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