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Projeto Neaca na prevenção ao suicídio: ‘Se precisar, peça ajuda’

Organizado pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), o projeto NEACA Tecendo Redes reafirma seu apoio à campanha ‘Setembro Amarelo’



Integrante do MMSG, educador social Lucas Lima com cartaz alusivo à campanha do 'Setembro Amarelo' em São Gonçalo

Foto: ASCOM/NEACA TR


O Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), através do Projeto Neaca Tecendo Redes, com apoio da Petrobras, mobiliza o seu corpo técnico e intensifica os atendimentos na Campanha Nacional do ‘Setembro Amarelo’ em alusão ao combate e prevenção ao suicídio. Em 2024, o Ministério da Saúde (MS) lançou o lema ‘Se precisar peça ajuda’ para reforçar a importância do diálogo em torno do tema, incentivando a busca por ajuda em momentos de crise.


No Brasil, são registrados, aproximadamente, 12 mil suicídios todos os anos, segundo a pasta da Saúde. Uma realidade preocupante que tem afetado principalmente os jovens, pois, conforme o MS, o suicídio é a quarta causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. Para a coordenadora geral de projetos e gestora, Marisa Chaves, o MMSG e o NEACA Tecendo Redes estão preparados para evitar novas tragédias, realizando trabalhos de prevenção e encaminhando os casos às instituições de referência.  


“Estamos na campanha em combate e prevenção ao suicídio. Seguimos o  lema ‘Se Precisar Peça Ajuda’ e, através do projeto Neaca Tecendo Redes, com o apoio da Petrobras, estamos realizando rodas de conversas e  fazendo mensagens positivas que alcancem, sobretudo, os adolescentes e jovens de 15 a 29 anos. Os casos de autolesão estamos encaminhando às instituições de referência. Nosso objetivo é mostrar que existem formas de encontrar ajuda a tempo de evitar uma tragédia”, explica Chaves.

Com apoio da Petrobras, o projeto do NEACA TR, organizado pelo MMSG,  abraça a campanha de prevenção ao suicídio

Foto: ASCOM/NEACA TR


Setembro Amarelo: inspiração na história de um adolescente nos EUA


A campanha do Setembro Amarelo foi inspirada na história de Mike Emme, que cometeu suicídio, aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos. Ele tinha um carro amarelo e, no dia do seu velório, os pais e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e frases motivacionais para pessoas que pudessem estar enfrentando transtornos mentais e emocionais.


As fitas amarelas se tornaram o símbolo da campanha, que foi adotada em 2015 no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A campanha é importante para reduzir preconceitos e conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde mental – além de proporcionar a redução do estigma "por meio da informação responsável".


Alerta: aumento da taxa de mortalidade entre adolescentes e jovens


Conforme dados do Ministério da Saúde, entre os anos 2016 e 2021, houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil. De acordo com especialistas, trata-se de um fenômeno complexo, sendo a maioria dos casos relacionada a transtornos mentais, como a depressão, em primeiro lugar; seguida do transtorno bipolar; e do abuso de substâncias.

 

‘Apesar do tabu, não podemos deixar de falar sobre o tema’


Para Marisa Chaves, os dados são assustadores, mas a sociedade não pode se abster de falar sobre o tema. A gestora do MMSG alerta pais e responsáveis para identificarem os sinais e pedirem ajuda se necessário.  


“Nós temos, em média, 12 mil suicídios por ano. Esse dado é assustador. Apesar do tabu, não podemos deixar de falar sobre o tema. Precisamos alertar e mobilizar a sociedade brasileira para identificar a tempo os sinais, que comprometem a saúde das crianças, adolescentes e jovens, para evitar que mais uma vida se perca. Muitas das vezes, a sociedade se silencia, mas temos que discutir esse grave problema de saúde pública”, ressalta Marisa. 

 

No Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios por ano, sendo a quarta causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos

Foto: ASCOM/NEACA TR


Acolhimento e valorização à vida  


Integrante do NEACA/SG, a assistente social Victória do Livramento ressaltou a importância do acolhimento, da escuta qualificada e da valorização da vida ao lidar com a temática do suicídio, sobretudo, quando envolve crianças, adolescentes e jovens.


“A temática sobre o ‘setembro amarelo’ é voltada para valorização da vida. Portanto, é um trabalho de escuta qualificada e acolhimento ao usuário e seus familiares, sobretudo, quando lidamos com crianças, adolescentes e jovens. No âmbito do serviço social, nosso trabalho é articular a rede, conhecer os espaços de saúde mental da região que tenham atendimento humanizado e fazer os encaminhamentos. Também dialogamos de forma multidisciplinar, pois a psicologia tem um papel importante na prevenção e combate ao suicídio”, explica Livramento.

Em casos de prevenção à autolesão, as pessoas podem pedir ajuda ao  Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo telefone 188 ou acessar www.cvv.org.br/23 (Página eletrônica da CVV). 


Demandas sociais e saúde mental      


Para Victória do Livramento, questões sociais, como as desigualdades, desemprego, fome, racismo, estereótipos voltados à homofobia, gordofobia, entre outros, têm sido gatilhos de autolesões e precisam ser levados em conta como expressões que acarretam a saúde mental. 


“Compreender o contexto das expressões sociais é fundamental para entendermos os sinais e gatilhos das autolesões. No caso da faixa etária entre 15 a 29 anos, temos a questão dos estereótipos, dos hormônios, da não aceitação. Precisamos falar de valorização da vida, mas também da prevenção”, ressaltou.

Assistente social Victória do Livramento (E) e a psicóloga Patrícia Muniz (D) falaram sobre acolhimento, dor e prevenção

Fotos: ASCOM/NEACA TR


 Sofrimento emocional: ‘matar’ a dor e não o corpo


Integrante do Projeto Vozes Periféricas, a psicóloga Patrícia dos Santos Muniz ressalva ser fundamental o debate sobre o tema nos 365 dias do ano e não apenas em setembro. Nesse contexto, segundo Muniz, falar sobre a prevenção ao suicídio pode salvar vidas, pois é um problema que envolve questões inerentes à coletividade, apesar das especificidades dos casos, que, na maioria das vezes, necessita de um acompanhamento psicológico.  


“É um tema que precisa deixar de ser tabu e falado em todos os dias do ano. A psicologia compreende que a ideação suicida é a busca da possibilidade de transferir a dor emocional para o corpo físico. A pessoa quer matar a dor e não o corpo. Nesse sentido, o acompanhamento psicológico é fundamental e pode funcionar como uma ferramenta técnica para transferência dessa dor emocional, ao promover uma escuta sensível e qualificada, e a orientação profissional adequada de redes de apoio e suporte que possam auxiliar no fortalecimento emocional deste indivíduo em sofrimento”, explica a psicóloga.

Acessibilidade à psicologia


Para Patrícia dos Santos Muniz, o serviço de psicologia precisa ser acessível a todos e não apenas àqueles que possam pagar por ele. Portanto, a saúde  mental deveria entrar na pauta das políticas públicas.


“O investimento em políticas públicas, acessíveis e de qualidade contribui para a minimização dos fatores sociais que promovem o adoecimento psíquico. A saúde mental é um direito de todos e, desse modo, é importante que se tenha investimento público em ações continuadas de promoção à saúde integral que minimizem as desigualdades sociais que são fontes diretas de adoecimento da população", pondera Muniz.


"Pensar em saúde mental é pensar em saneamento básico, em alimentação, em moradia de qualidade, em emprego com direitos trabalhistas assegurados, em educação, em minimização das diversas formas de violência propagadas, e no direito ao viver equânime e mais igualitário a todos e, não, apenas, a uma parcela da população que tem privilégios sociais e econômicos para investir  pela rede privada em cuidados de saúde”, acrescenta a psicóloga.

Atendimentos às vítimas em três municípios


O projeto NEACA Tecendo Redes, iniciado em 2024, com a parceria da Petrobras, atende demandas relativas às violências domésticas e/ou sexuais.  O projeto já abrangia os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, e agora chega a Duque de Caxias com o objetivo contribuir para a promoção, prevenção e garantia dos direitos humanos de mulheres, crianças, adolescentes e jovens (até 29 anos).


Em caso de ajuda, o NEACA disponibiliza seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, nos endereços e telefones abaixo:


NEACA (CAXIAS) – Rua General Venâncio Flores, 518, Jardim 25 de Agosto. (21 96750-3095).

NEACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)

NEACA Primeira Infância (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)

NEACA (Itaboraí)- Rua Antônio Pinto, 277, Nova Cidade. (21 98900-4246).



1 Comment


kurki epst
kurki epst
Sep 25

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