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NEACA realiza ações de prevenção às violências na primeira infância

Núcleos de atendimentos organizados pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG) realizam mobilizações em escolas e unidades de saúde para marcar a Semana Nacional de Prevenção às Violências na Primeira Infância



Equipe do NEACA e os bonecos da Turma da Arana durante atividades recreativas com crianças no Hospital Darcy Vargas

Fotos: ASCOM/NEACA TR


Integrantes do Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência Doméstica e/ou Sexual (NEACA/SG), com apoio de profissionais do Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACA/SG), programaram diversas ações de mobilização, de 12 a 18 de outubro, para marcar a Semana Nacional de Prevenção às Violências na Primeira Infância (0 a 6 anos).


Organizadas pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), as equipes do NACA e NEACA, formadas por assistentes sociais, educadores, pedagogos e psicólogos, realizam atividades educativas e recreativas em hospitais e escolas, além de oficinas brincantes com as crianças, rodas de conversas e palestras. As ações ocorrem em diferentes regiões de São Gonçalo, Itaboraí e Duque de Caxias. 


As mobilizações visam a conscientização sobre a prevenção aos crimes, já que, nos últimos 3 anos, houve aumento dos registros de violências na primeira infância. De acordo com dados da Unicef e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, quando se trata de violência sexual, crianças e adolescentes do sexo feminino são a ampla maioria das vítimas no Brasil, representando 87,3% dos casos nos últimos três anos.


Considerando ambos os sexos, a maior parte das vítimas (48,3%) tem entre 10 e 14 anos. Ainda assim, mais de 35% dos crimes foram contra crianças entre 0 e 9 anos de idade. Ou seja: a violência sexual atinge crianças e adolescentes durante toda a vida, desde a primeira infância até o final da adolescência.



Psicóloga Natalya Jacintho (E) realizou atividades com as crianças que se divertiram com os bonecos das turma da Arana

Fotos: ASCOM/NEACA TR


Informação e conscientização em hospital municipal (SG)


Uma das ações de sensibilização ocorreu, na segunda-feira (14/10), em parceria com o Hospital Infantil Darcy Vargas, no Zé Garoto (SG), onde equipes multidisciplinares dos NEACA e NACA montaram uma tenda em frente à unidade de saúde.


Os técnicos realizaram trabalhos de abordagem, orientação, distribuição de panfletos para conscientizar à população sobre a importância da prevenção às violências domésticas e/ou sexuais na primeira infância. A ação contou com a presença dos bonecos da Turma da Arana, que fizeram a alegria da garotada.  


Atividade ‘semáforo do toque’ para as crianças


Durante a ação no hospital, os técnicos visitaram áreas externas e internas, como alas de espera, recepção e enfermarias, onde conversaram com os pais, responsáveis e profissioanais. As crianças parrticiparam de uma atividade educativa, de prevenção às violências sexuais, denominada ‘semáforo do toque’, que sinaliza as partes do corpo que podem ou não serem tocadas por outras pessoas.


“Essa ação foi proveitosa, pois serviu para mostrar às crianças, de forma lúdica, as partes do corpo que podem ou não serem tocadas por outras pessoas e os sinais ou indícios de violência sexuais. Muitos responsáveis e profissionais da unidade, que passavam pela tenda da informação, elogiaram e falaram da importância dessas ações para prevenção às violências na primeira infância ”, explica a psicóloga Natalya Jacintho.  

Integrantes da equipe técnica do NACA e NEACA com profissionais da unidade de saúde e os bonecos da Turma da Arana

Foto: ASCOM/NEACA TR


Palestra para profissionais de escola   


Na quarta-feira (16/10), uma equipe NEACA formada por uma assistente social, uma pedagoga e uma psicóloga visitou a Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) George Savala Gomes (Palhaço Carequinha), no Barro Vermelho (SG).  Em dois turnos, os técnicos realizaram palestras para os professores da unidade de ensino. Integrante do NEACA/SG, a psicóloga Juliana Cabral foi uma das palestrantes e destacou a importância da escuta qualificada e do reconhecimento dos sinais de violência na primeira infância.


“Ao falarmos sobre a temática para os professores, criamos uma rede de multiplicadores sobre prevenção às violências na primeira infância dentro das escolas. Durante a palestra, destacamos a importância da escuta qualificada, dos sinais físicos e comportamentais da violência, dos agravos e de como a violência se apresenta às crianças. Vale ressaltar, no entanto, o papel relevante do professor, que devido à empatia com os alunos, exerce um papel significativo na interlocução, na escuta, e são atores fundamentais na percepção dos sinais de violência”, ressalta Cabral.        

     

Psicopedagoga Érica Macêdo (à frente) com integrantes do NEACA e grupo de professores da UMEI Palhaço Carequinha

Fotos: Divulgação/NEACA TR


Articulação da rede de proteção


Durante a palestra, a assistente social Rebeca Azevedo (NEACA/SG) destacou a importância da articulação e encaminhamentos dos casos de suspeita de violência à rede de proteção como os conselhos tutelares, unidades de saúde e outras instituições competentes.

“ Nos casos de violência infantil, além de dar crédito à fala das crianças, o acionamento da rede é muito importante, pois ninguém trabalha sozinho. Portanto, é importante a escola conhecer e estabelecer interlocução com a rede de proteção. Falamos sobre a desmistificação dos conselhos tutelares, que precisam deixar de serem ‘olhados’ como uma instituição punitiva e reconhecidos como um órgão de proteção de direitos”, explica a assistente social.     

Técnicos do NEACA realizaram abordagens dentro e fora das denpendências do Hospital Municipal Darcy Vargas em SG

Fotos: ASCOM/NEACA TR


Importância das mobilizações para prevenção às violências 


A coordenadora técnica do NEACA/SG, psicóloga Cristiane Pereira, ressaltou a importância das mobilizações e do trabalho de interlocução da equipe com a população, pais, responsáveis e outros profissionais da rede de atendimento em escolas e hospitais.


Para Pereira, esse trabalho dialógico fortalece a luta no combate e prevenção às violências na primeira infância, sobretudo devido aos desafios de tratar do tema com crianças de 0 a 6 anos, que ainda estão em fase de maturação emocional, física e cognitiva.

“Quero agradecer a toda equipe empenhada nas atividades, pois sensibilizar as pessoas é uma forma de prevenção e proteção às crianças. Essa mobilização é para alertamos os pais, responsáveis e profissionais da educação e saúde sobre os sinais e indícios de violência. Também para darmos voz às crianças na primeira infância. Essa faixa etária tem as suas peculiaridades. Portanto, nesses casos, precisamos tratar o assunto da violência de forma lúdica, já que, muitas dessas crianças, ainda não conseguem verbalizar e sequer entenderem o que estão sofrendo.", explica a coordenadora.

Criança posa ao lado dos bonecos da Turma da Arana durante atividade recreativa realizada pela equipe do NEACA (SG)

Foto: ASCOM/NEACA TR


Aumento da violência sexual na primeira infância


Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os registros de violência sexual têm crescido no país, mas esse aumento tem sido ainda mais expressivo quando se trata de crianças mais novas. Em 2021, foram 17.253 casos registrados contra crianças de até nove anos. Em 2023, o número aumentou e chegou a 22.930 o número de crianças desta faixa etária vítimas de violência sexual.


Prevenir e responder às violências


Enfrentar um cenário que vitima tantas crianças e tantos adolescentes precisa se tornar uma prioridade para governantes e para toda a sociedade brasileira. E para prevenir e enfrentar as violências, o UNICEF e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública recomendam a governos, pais, mães, responsáveis e a toda a sociedade: não justificar nem banalizar a violência, reconhecer os sinais e indícios e fazer as denúncias às instituições competentes.      

 

Atendimentos em três municípios


O NEACA Tecendo Redes, iniciado em 2024, com a parceria da Petrobras, atende demandas relativas às violências domésticas e/ou sexuais contra crianças na primeira infância. O projeto já abrangia os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, e agora chega a Duque de Caxias com o objetivo contribuir para a promoção, prevenção e garantia dos direitos das crianças. Já o NACA, projeto realizado em parceria com a Fundação para Infância e Adolescência (FIA), atende nas unidades de São Gonçalo e Niterói. 


Em caso de ajuda, os núcleos disponibilizam seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, nos endereços e telefones abaixo:

 

NEACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)

NEACA Primeira Infância (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)

NEACA (Itaboraí)- Rua Antônio Pinto, 277, Nova Cidade. (21 98900-4246).

 NEACA (CAXIAS) – Rua General Venâncio Flores, 518, Jardim 25 de Agosto. (21 96750-3095).

NACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 215, Zé Garoto. (2606-5003/989004217)

NACA (Niterói)- Av. Ernani do Amaral Peixoto, 116 - sala 401 - Centro, Niterói. (2719-8862 / 965211716)

     

      


 

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