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MMSG celebra Dia da Criança com ações educativas, festa e diversão

Núcleos de atendimentos realizaram diversas atividades recreativas com abordagem sobre o 'direito de brincar' e promoveram oficinas de pintura, desenho, maquiagem, projeção de filme, além de distribuição de brindes e lanches para as crianças, adolescentes e responsáveis


Crianças participaram de oficinas de pintura durante ações recreativas promovidas pelos núcleos de atendimento em SG

Foto: ASCOM/NEACA TR


Administrados pelo Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), o Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violências Domésticas e/ou Sexuais (NEACA) e o Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência (NACA/SG) celebraram o Dia da Criança, na quinta-feira (10/10), com ações educativas e muita diversão, durante eventos realizados nas respectivas unidades, no Zé Garoto (SG).


Nas ações, as equipes técnicas dos núcleos realizaram diversas atividades educacionais e recreativas como oficinas de arte, pintura, projeção de filmes, além de brincadeiras, distribuição de brindes e lanches para cerca de 60 crianças e adolescentes. Concomitantemente, os pais e responsáveis participaram de palestras e rodas de conversas, com temáticas voltadas à importância do brincar e parentalidade, ministradas por assistentes sociais, educadores, pedagogos e psicólogos.


Núcleos de atendimentos do MMSG promoveram oficinas de desenho para crianças e um cine-pipoca para adolescentes

Fotos: ASCOM/NEACA TR


‘Resgatar a importância das brincadeiras’ 


Para Lívia Gaspary, coordenadora do NACA/SG, que atua na avaliação interdisciplinar de crianças e adolescentes vítimas de violência, o evento alusivo ao Dia das Crianças foi planejado para resgatar a importância das brincadeiras e da ludicidade, em um mundo, segundo ela, marcado pelo entretenimento tecnológico, individualismo e onde as interações familiares sofreram rupturas e mudanças nas relações.

 

“ O NACA atua na avaliação interdisciplinar atendendo crianças e adolescentes vítimas de violência e, por conta dessa atuação, planejamos nesse dia, alusivo ao Dia das Crianças, um evento festivo para resgatarmos a importância das brincadeiras. Além de oficina de pinturas e arte, oferecemos um lanche tradicional com muito cachorro quente, bolo, gelatina, doces e refrigerante. Enquanto as crianças brincavam, os pais e responsáveis participaram de uma roda de conversa sobre a  relevância das brincadeiras e das interações com os filhos”, disse Gaspary.

Coordenadora do NACA/SG, Lívia Gaspary, e um grupo de crianças na oficina de pintura organizada pela equipe técnica

Fotos: ASCOM/NEACA TR


‘Compreensão das emoções’


Integrante do NEACA Tecendo Redes/SG, a psicopedagoga Érica Macêdo ressaltou a importância das atividades coletivas para promover a compreensão das emoções. A equipe do núcleo organizou um ‘cine-pipoca’ no auditório do MMSG, onde foi projetado o filme ‘Divertidamente 2’ para um grupo de crianças e adolescentes.     


“O setor pedagógico decidiu promover um ‘cine-pipoca’ por ser uma   atividade coletiva. Além da descontração, a atividade teve como objetivo  a compreensão das emoções fazendo com que essas crianças e adolescentes possam refletir sobre como elas influenciam nos seus comportamentos e relações”, explica Macêdo.  

Para a psicopedagoga, as atividades coletivas são fundamentais para crianças e adolescentes atendidas no NEACA. “Essas atividades contribuem para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais como respeito, empatia, entre outros, além de estimular a criação de  memórias afetivas que, por sua vez, auxiliam no processamento e regulação dos sentimentos e atitudes”, complementa Érica.   


Érica Macêdo ressaltou a importância de atividades coletivas, como o cine-pipoca, que foi projetado para os adolecentes

Fotos: ASCOM/NEACA TR


Psicóloga enfatizou o universo lúdico das crianças


Responsável pela roda de conversas com os pais e responsáveis, a psicóloga Vanessa Honorio (NACA/SG), enfatizou o universo lúdico e seus efeitos positivos nas relações sociais. Honorio ressaltou, durante a reunião, as prerrogativas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que define o direito de brincar. 

     

 “A proposta da roda de conversa foi criar um ambiente dinâmico, onde  pais, mães e responsáveis pudessem participar e entender a importância do brincar de cada criança. Buscamos trazê-los para esse universo lúdico e lembramos do ECA que ressalta o brincar como direito das crianças e adolescentes. O brincar traz diversos benefícios como o desenvolvimento físico, emocional, social, cognitivo, criatividade, senso de estratégia e  respeito às regras”, ressalta a psicóloga. 


Psicóloga Vanessa Honorio organizou a roda de conversa com pais e responsáveis sobre direito de brincar e a ludicidade

Fotos: ASCOM/NEACA TR


Diminuição dos agravos decorrentes das violências


Para a pedagoga Renata Moreira (NACA/SG), criança que brinca é feliz, desenvolve habilidades, expressa melhor as emoções e se torna mais produtiva na escola e nas relações sociais.


“Uma criança que brinca de forma contínua e recorrente durante a infância é mais produtiva na escola e  interage melhor com seus pares. A tendência é se tornar um adulto saudável e com a saúde mental em dia”, destacou Moreira, que repudiou o uso indiscriminado de recursos eletrônicos, como aparelhos celulares nas relações domésticas,  em detrimento das brincadeiras. 

     

A educadora social Anna Maria Cabral (NEACA/SG) participou da organização do cine-pipoca e ressaltou a importância do lúdico para expressão de emoções, sobretudo na adolescência, quando há uma transição de faixa etária cercada de desafios. Para Cabral, as brincadeiras e as atividades coletivas estimulam o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.


“Sempre destacamos o brincar e as atividades coletivas como  formas de expressão das emoções. Durante o atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência percebemos que nas brincadeiras elas expressam sentimentos, emoções e desenvolvem habilidades. Essas atividades ajudam no acompanhamento da equipe técnica e auxiliam na diminuição dos agravos decorrentes das violências”, explica a educadora.

Equipe de técnicos promoveu um concurso de desenho para estimular a participação das crianças no evento em SG

Foto: ASCOM/NEACA TR


Direito de brincar e o aumento do uso de dispositivos eletrônicos 

    

O Artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, diz que a criança e o adolescente têm direito de "brincar, praticar esportes e divertir-se". Indo além, a Constituição de 1988, em seu Artigo 227, impõe que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer”. 


A garantia do direito de a criança brincar está expressa também na Declaração Universal dos Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1959. O Princípio 7º determina que “a criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se”. De acordo com pesquisa do Instituto Alana, o uso de  dispositivos eletrônicos por crianças aumentou 60%  durante o período agudo de isolamento social na pandemia da Covid-19, reacendendo o debate sobre a relação da ludicidade e a diminuição das interações sociais.    


Ressignificar os papéis sociais


A infância vivida de forma plena – o que inclui brincadeiras –  e sua relação  com o desenvolvimento de potencialidades não é algo novo. O entendimento já fora tratado por nomes como Lev Vygotsky (1896-1934), psicólogo que direcionou parte dos seus estudos para investigar a infância. Segundo Vygotsky, é por meio do brincar que a criança ressignifica os seus papéis sociais e a sua existência.   


O lúdico é um instrumento pedagógico que possui liberdade de trabalhar, de maneira mais prazerosa, o aprender. Assim, a criança desenvolve sua capacidade de explorar, refletir e imaginar os conteúdos e adquirir conhecimento necessário para uma aprendizagem significativa.


 Atendimentos a adolescentes e jovens em três municípios


O NEACA Tecendo Redes, iniciado em 2024, tem apoio da Petrobras, atende demandas relativas às violências domésticas e/ou sexuais e também atua em apoio a outros projetos para capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade social. O projeto já abrangia os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, e agora chega a Duque de Caxias com o objetivo contribuir para a promoção, prevenção e garantia dos direitos humanos de mulheres, crianças, adolescentes e jovens (até 29 anos).


Já o NACA, projeto realizado em parceria com a Fundação para Infância e Adolescência (FIA), atende em São Gonçalo e Niterói. 


Em caso de ajuda, os núcleos disponibilizam seus serviços, de segunda à sexta-feira, das 9h às 17hs, nos endereços e telefones abaixo:

 

 NEACA (CAXIAS) – Rua General Venâncio Flores, 518, Jardim 25 de Agosto. (21 96750-3095).

NEACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 201, Zé Garoto. (2606-5003/21 98464-2179)

NEACA Primeira Infância (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)

NEACA (Itaboraí)- Rua Antônio Pinto, 277, Nova Cidade. (21 98900-4246).

NACA (SG)- Rua Rodrigues Fonseca, 215, Zé Garoto. (2606-5003/989004217)

NACA (Niterói)- Av. Ernani do Amaral Peixoto, 116 - sala 401 - Centro, Niterói. (2719-8862 / 965211716)

Recria - Rua Rodrigues Fonseca, 313, Zé Garoto. (21 96750-1595)





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